incidência da prática da tatuagem, uma vez que ela funciona como coadjuvante à elaboração de uma ampla gama de conflitos próprios dessa idade, que ganham visibilidade quando colocados na superfície do corpo. Isso nos traz a questão de que o simbólico não seja suficientemente operatório nesse trabalho de elaboração e se recorra ao imaginário como um recurso utilizado ao se inscrever, no nível do real do corpo, sobre a pele. Hoje em dia, a tatuagem se tornou um fenômeno social contemporâneo que se intensifica e prolifera. Cada vez menos raras, no entanto cada vez mais singulares, encontramos tatuagens esquisitas, inimagináveis, nesse mundo atual em que o imaginário joga um papel prevalente em relação ao simbólico. Atores e atrizes de todo tipo (cinema, teatro, televisão, pornô, etc.) apresentam corpos tatuados, provocando o olhar que se centra na tatuagem. Parecemos viver em uma época da “tatuagem generalizada”, de “todos tatuados”; adolescentes e jovens, praieiros, acadêmicos ou baladeiros. É algo que nos chama a atenção e invade o campo da clínica.
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