quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Tatuagem e laço social

A adolescência parece ser o período de maior
incidência da prática da tatuagem, uma vez que ela funciona como coadjuvante à elaboração de uma ampla gama de conflitos próprios dessa idade, que ganham visibilidade quando colocados na superfície do corpo. Isso nos traz a questão de que o simbólico não seja suficientemente operatório nesse trabalho de elaboração e se recorra ao imaginário como um recurso utilizado ao se inscrever, no nível do real do corpo, sobre a pele. Hoje em dia, a tatuagem se tornou um fenômeno social contemporâneo que se intensifica e prolifera. Cada vez menos raras, no entanto cada vez mais singulares, encontramos tatuagens esquisitas, inimagináveis, nesse mundo atual em que o imaginário joga um papel prevalente em  relação ao simbólico. Atores e atrizes de todo tipo (cinema, teatro, televisão, pornô, etc.) apresentam corpos tatuados, provocando o olhar que se centra na tatuagem. Parecemos viver em uma época da “tatuagem generalizada”, de  “todos tatuados”; adolescentes e jovens, praieiros, acadêmicos ou baladeiros. É algo que nos chama a atenção e invade o campo da clínica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário